sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Novo composto na F-1 para 2011

SÃO PAULO (que queimem borracha) - Vão-se os pneus, ficam as rodas. A Bridgestone deu adeus à F-1 quarta-feira, a Pirelli começou para valer hoje, depois de alguns milhares de quilômetros de testes usando um carro da Toyota, e apenas ele, com Heidfeld, Grosjean e De la Rosa.




Estão todos andando em Abu Dhabi com os pneus italianos que, na verdade, são fabricados na Turquia. É bom ver a Pirelli de volta. É uma marca com tradição em automobilismo e, nos anos 80 e 90, protagonizou algumas brigas interessantes com a Goodyear.
Eu gostava da guerra da borracha, como a travada entre Bridgestone Michelin mais recentemente, mas confesso que não tenho, e provavelmente nunca terei, opinião formada sobre isso. Porque pneus são um fator de desequilíbrio muito grande. Claro que concorrência é legal e coisa e tal, mas numa F-1 sem testes, se uma fábrica faz um pneu muito diferente do outro, não há santo milagreiro que consiga reequilibrar as coisas. E tem corrida em que alguns carros entram absolutamente sem chance de fazer nada, dependendo dos pneus que estiverem usando.

De manhã, Vettel calçou os PZero pela primeira vez e fez o melhor tempo andando na casa de 1min40s, um pouco mais lento que os tempos registrados com os Potenza japoneses. Normalíssimo. Ninguém está muito preocupado com tempos agora, mas sim com características gerais como desgaste, temperatura, construção, deformação, alterações de pressão e outros parâmetros importantes. Os testes seguem hoje e amanhã. São oito jogos por equipe, quatro supermacios e quatro médios.
A partir dos dados obtidos, os engenheiros farão a sintonia fina nos projetos dos carros de 2011, todos eles concluídos e em processo já de construção. Afinal, daqui a dois meses começa a pré-temporada. Quem se entender melhor com os Pirelli logo de cara vai sair na frente.

Por Flávio Gomes

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