quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

FIA = RIDÍCULO!

FIA sugere criação de uma "zona de ultrapassagem"


Pilotos teriam 600 metros na reta principal para usar asa móvel e fazer manobra


SÃO PAULO (não me surpreende) – Eu não tenho dúvidas de que o mundo passa por um surto endêmico de burrice. Ela se manifesta “em todos os níveis”, como dizem os enroladores profissionais. Um desses níveis, claro, é a Fórmula 1. Prega-se redução de custos e, ao mesmo tempo, inventam-se bobagens que só aumentam os custos e criam confusão. Lamentam-se as dificuldades de sobrevivência e criam-se outras maiores ainda. Para matar os que não se enquadram, levá-los à bancarrota, instituir uma lei de Darwin ditada pelo poder econômico.
A última da FIA é divertidíssima. Delimitar “zonas de ultrapassagem” nas pistas, onde possa ser usada a brilhante asa móvel inserida no regulamento deste ano. Mais ou menos como se a Fifa determinar que chutes a gol só possam ser efetuados a partir de áreas previamente estabelecidas, desde que os zagueiros estejam a uma distância pré-estabelecida e os goleiros, com os dois pés no chão e as mãos erguidas à altura do peito.
Comecemos com a asa móvel, uma estupidez sem tamanho. Carro não é avião. A aerodinâmica que atua sobre o automóvel tem de ser estática, rabiscada numa prancheta, estudada por projetistas espertos e inteligentes. Ponto, acabou aí. Acionar flaps é coisa para comandante da Varig. Piloto, na medida do possível, deveria apenas usar os pés para acelerar e frear, como se faz num carro de rua, e as mãos para trocar as marchas e virar o volante. Como se faz, ainda, em alguns carros de rua.

Todo o resto é perfumaria invisível a olho nu que não interessa em nada a quem sustenta o espetáculo, o cara na arquibancada e o outro no sofá da sala diante da TV. Em vez de fomentar a criatividade de engenheiros e estimular o talento e o arrojo de quem pilota, os regulamentos procuram normatizar tudo, criar regras até para o orgasmo de uma corrida, que é o momento de ultrapassar, o “feeling” de quem está no cockpit, aquilo que diferencia um cara que dirige um carro de outro que pilota.

Agora, essa das zonas de ultrapassagem. Não vai vingar, não pode, porque é idiota demais até para quem acha, como a FIA, que tem recursos tecnológicos infalíveis para controlar a distância entre um carro e outro o tempo todo. E as asas móveis deveriam ser banidas já. Se está difícil de ultrapassar, não é criando normas para isso que se vai resolver o problema.

O Kers é outra tolice, dispendiosa e artificial. Já deu errado dois anos atrás, o que faz com que se imagine que vai dar certo agora? Só atrapalha na hora de projetar o carro, é mais uma traquitana para quebrar, dar defeito, e, de novo, separa as equipes em dois grupos, os que têm grana para desenvolver e os que não têm e, por isso, ficam ainda mais para trás.

O que se quer é criar regras para tudo. O planeta está assim. Aqui pode, ali não pode. Isso é permitido, aquilo, não. Entre por lá, saia por acolá. Vista-se assim, dispa-se assado. Não ria, não olhe para a câmera, pare, siga, pague, digite a senha, retire o cartão, disque 1 para saldo, 2 para mudar de plano, 9 para falar com nossos atendentes.

Mundo chato da porra.

por Flávio Gomes

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Fotos do pedal de domingo dia 30 em Cosmópolis/SP

Diferente das trilhas de Joaquim, em Cosmópolis e mais "estradão" com menas subidas, mas o terreno é mais "arenoso" pregando as vezes a bike no chão, muito bom pedal, valeu até a próxima!






segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Downhill Urbano de Santos - Organização altera percurso

Competição acontece de 4 a 6 de fevereiro


A 9ª edição da Descida das Escadas de Santos, a principal prova de downhill urbano do Brasil, que acontece de 4 a 6 de fevereiro na cidade do litoral de São Paulo, promete se destacar não só pela competitividade, mas também pela velocidade. Com a adoção de pisos de madeira em duas das curvas do percurso de 417 degraus, 650 metros de extensão e 147 metros de desnível, a tendência é de obtenção de recordes em todas sete as categorias.


Se em 2010 o tempo do campeão Filip Polc, o Polcster, da Eslováquia, ficou abaixo de 1min, a expectativa para esse ano é de marcas entre três e cinco segundos menores. A velocidade nos trechos mais rápidos deverá ultrapassar a barreira dos 60 km/h, contra 55 km/h da edição anterior. As alterações serão feitas no início e no final do percurso. Os bikers terão que aliar velocidade, técnica e ainda mais concentração para não cometerem erros.

Somados as dificuldades técnicas com o nível dos participantes confirmados, a garantia é da edição mais disputada da história da prova de Santos, uma das mais baladas do calendário mundial do downhill urbano. "Este ano, para se garantir entre os cinco primeiros colocados, o biker terá que pedalar muito", afirmou Wallace Miranda, bicampeão em 2008 e 2009, terceiro colocado em 2010. "As alterações serão boas não apenas para nós, competidores, mas também para quem assistir à competição, tanto no Monte Serrat quanto pela televisão", afirmou o eslovaco Filip Polc, atual campeão.

Já são mais de 100 atletas inscritos brasileiros e estrangeiros de oito países (Inglaterra, Chile, Equador, Estados Unidos, França, Portugal, Equador e África do Sul). Entre eles, destacam-se alguns dos principais nomes do downhill como o português Paulo Domingues (campeão do downhill urbano de Lisboa, uma das principais provas do mundo), o sulafricano Greg Minnar, tricampeão do mundo, além do próprio Polc, atual campeão da Escadaria de Santos. Na prova feminina, os destaques são as brasileiras Luana Oliveira e Bruna Ulrich, a francesa Emmeline Ragot, atual nº 2 do ranking mundial, a inglesa Fionn Griffiths, a norteamericana Katie Holden e a equatoriana Diana Margraff, campeã da prova em 2004.

Foto da semana