quinta-feira, 24 de março de 2011

Campinas/SP - Ciclistas param Aquidabã e pedem ciclofaixa permanente

Manifestantes aproveitaram e corbraram punição ao motorista que atropelou dezenas de pessoas em Porto Alegre    


Cerca de 300 ciclistas participaram no início da noite de quarta-feira (23/03) de uma “bicicletada” pelas ruas de Campinas. O objetivo do movimento, que percorreu os 18 quilômetros de ciclofaixas da cidade, foi pedir a permanência dessas vias e chamar a atenção das autoridades e da população sobre a importância de uma maior integração das bicicletas com os demais veículos.
A Prefeitura deu um prazo de 90 dias como teste para verificar a aceitação e utilização das ciclofaixas. Segundo Juarez Bispo Mateus, chefe do Departamento de Controle de Atendimento da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec), a experiência foi considerada um sucesso e será mantida permanentemente aos domingos.
A mesma promessa também foi feita anteontem aos ciclistas pelo prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT). O ponto alto do encontro foi um ato de protesto na Avenida Aquidabã, onde todos deixaram suas bicicletas de lado e deitaram no chão pedindo uma punição exemplar para Ricardo Reis, motorista que atropelou dezenas de ciclistas em Porto Alegre (RS) no início deste mês.
Para o passeio de conscientização, não foram solicitados os apoios da Guarda Municipal (GM), Polícia Militar (PM) e Emdec. A ideia era justamente evitar o isolamento e promover um contato mais direto entre bicicletas, carros e ônibus durante o trajeto. Nenhum problema no tráfego foi registrado até o momento em que a reportagem acompanhou os ciclistas.
   

Nem por 1 minuto!

terça-feira, 22 de março de 2011

F-1 Calendário 2011

Chão!



F-1 Confiante, Massa ressalta papel dos pneus: 'Veremos corridas diferentes'

Em entrevista à imprensa brasileira, piloto da Ferrari diz estar pronto para a temporada, embora reconheça favoritismo da RBR e de Sebastian Vettel

A pressão, ele diz, esteve sempre ali. Felipe Massa, no entanto, admite que precisará de ainda mais empenho para dar a volta por cima após uma temporada complicada em 2010. Antes de embarcar para Melbourne, na Austrália, local da estreia em 2011, na próxima semana, o piloto da Ferrari respondeu algumas perguntas da imprensa brasileira por e-mail. Sua maior preocupação é, mais uma vez, com os pneus. Massa afirma que, com os novos emborrachados da Pirelli, a torcida certamente verá uma Fórmula 1 diferente neste ano.

- É certo que veremos corridas bem diferentes daquelas do ano passado porque o desgaste dos pneus está muito mais acentuado e aumentou a aderência na primeira volta, o que de certa forma não me agrada levando em conta as dificuldades que encontrei em 2010, principalmente com os dianteiros.


Ainda assim, Massa está confiante. O brasileiro garante estar pronto, assim como a Ferrari, para brigar pelo título em 2011, embora reconheça o favoritismo da RBR e do atual campeão, Sebastian Vettel.
- Sei que as coisas não deram tão certo no ano passado como desejávamos, tanto a equipe quanto eu, e que devemos melhorar em 2011. A certeza é que vamos fazer de tudo para que isso aconteça.
Confira a entrevista completa de Felipe Massa
GLOBOESPORTE.COM: O que já é possível dizer dos novos pneus e regras para 2011?
Felipe Massa: A principal novidade de 2011 são os novos pneus Pirelli. É certo que veremos corridas bem diferentes daquelas do ano passado porque o desgaste dos pneus está muito mais acentuado e aumentou a aderência na primeira volta, o que de certa forma não me agrada levando em conta as dificuldades que encontrei em 2010, principalmente com os dianteiros. Para as equipes e pilotos, a tarefa é clara: temos de nos adaptar o mais rapidamente possível à nova situação. Quanto ao regulamento técnico, a maior novidade é a asa traseira móvel que, combinada com a volta do KERS, deve favorecer as ultrapassagens. Até agora só pudemos experimentá-la nos testes, portanto nunca em condições de corrida. Em Melbourne veremos como se comporta.
Você sempre admitiu a dificuldade em aquecer devidamente os pneus dianteiros no ano passado. Os novos compostos da Pirelli confirmaram a sua expectativa? Você espera ser mais agressivo nos treinos classificatórios?
Pelo que vimos até agora, não acredito que volte a ter as dificuldades da última temporada.
Você tem afirmado se sentir mais confortável para atacar com os novos pneus Pirelli, cujos compostos são mais macios que os Bridgestone do ano passado. Como administrar um estilo mais agressivo de pilotagem com a rápida degradação dos pneus, principalmente com a versão mais mole? Isso será possível?
Esta será a chave da temporada, mas é preciso diferenciar os treinos classificatórios e a corrida. No qualifying o tempo virá logo na primeira volta, enquanto na prova será preciso muita atenção para administrar os pneus com cuidado.

Você acha que o volante equipado com diversos novos botões vai complicar ainda mais a vida dos pilotos? Alguns pilotos têm alertado para o aumento do risco de acidentes. Você concorda com eles? Como isso pode interferir nas corridas?

Não acredito que mude tanto em relação ao que estávamos acostumados. Quando a eletrônica estava liberada tínhamos de cumprir várias funções com o volante durante uma volta. Mesmo no ano passado, por exemplo, tínhamos um "flap" dianteiro móvel e os dutos de ar. Como sempre, é só uma questão de costume.

As ordens de equipe estão liberadas a partir de agora. Qual é a sua opinião sobre esta questão?

A FIA tomou uma decisão lógica. Fórmula 1 é um esporte de equipe e as ordens internas sempre fizeram parte da história da categoria.

Fernando Alonso pode ser considerado o piloto mais duro que você já enfrentou nos bastidores?

Sempre tive companheiros de equipe muito fortes. É só lembrar que corri ao lado de quatro campeões mundiais: Alonso, Schumacher, Raikkonen e Villeneuve. Nem preciso falar das qualidades do Alonso, porque todos sabem.



Quais são suas impressões sobre a nova Ferrari 150º Italia?

Fizemos uma boa preparação, testando tudo que estava programado. O carro parece competitivo, mas acho que é impossível dizer onde estamos na comparação com os demais. A RBR parece estar muito bem, a Mercedes evoluiu no último teste em Barcelona, mas não devemos subestimar a McLaren nem descartar uma possível surpresa, como a Renault e a Williams.

Não há estreantes brasileiros em 2011 e, para piorar, o país perdeu Bruno Senna, hoje apenas um piloto de testes, e Lucas di Grassi. Você acha que as pequenas equipes viraram um balcão de negócios e seria melhor se as grandes equipes pudessem alinhar com três carros, uma posição defendida pelo presidente da Ferrari, Luca di Montezemolo? Você realmente acredita que o Brasil não terá pilotos na Fórmula 1 a curto ou médio prazo, quando você e Barrichello estiverem aposentados?
Com toda certeza, a possibilidade de existir uma terceira Ferrari ou McLaren - administrada por outra equipe, esta é a proposta do presidente Montezemolo - permitiria às equipes menores dispor de um carro mais competitivo sem investimentos tão pesados e atrair patrocinadores. Neste caso, não haveria necessidade de recorrer a pilotos que levam dinheiro para a equipe. Isso vale para todos, não apenas para os brasileiros. Lucas não está correndo neste ano porque não conseguiu dinheiro, o que é uma pena.

Como outros esportes, a Fórmula 1 tem conexões e negócios com países onde não existe democracia e liberdade de imprensa - China e Bahrein são bons exemplos. Você acha que os pilotos deveriam se posicionar a respeito dessas questões e pressionar Bernie Ecclestone contra as corridas em países com regimes políticos obscuros?

Acredito que os grandes eventos esportivos e o esporte em geral podem contribuir para melhorar as condições em certos países e torná-los mais abertos. Não acho que o certo seja dizer "não devemos correr aqui ou ali porque não gosto disso ou daquilo neste ou naquele país", até porque podemos iniciar uma série de distorções e terminar correndo apenas em casa.

A maioria das equipes, parece que todas as grandes, correrá com o KERS e as asas traseiras ajustáveis também poderão fazer diferença. Enfim, teremos mais ultrapassagens em 2011?

Sim, mas não só por causa do KERS e da asa traseira móvel. O que possivelmente facilitará as ultrapassagens será sobretudo a diferença no rendimento dos pneus.

Depois de tudo que aconteceu a você em 2010, acredita que a temporada que se inicia será ainda mais importante que a última?

Para mim, todas as temporadas, desde que iniciei a carreira, sempre foram fundamentais. Nunca encarei alguma delas como uma pausa. Sei que as coisas não deram tão certo no ano passado como desejávamos, tanto a equipe quanto eu, e que devemos melhorar em 2011. A certeza é que vamos fazer de tudo para que isso aconteça.

Alguns pilotos imaginam que o maior número de pit stops nas corridas não será bom para as grandes equipes. Concorda? Mais paradas nos boxes realmente reduzirão a vantagem delas ao mesmo tempo em que a estratégia ganhará importância?

O aumento dos pit stops poderá mesmo provocar algumas surpresas e, evidentemente, favorecerá as equipes pequenas que, talvez, possam se encontrar naquela condição de nada ter a perder e causar alguma coisa inesperada.

RBR brilhou na pré-temporada, mas outras equipes, como Mercedes e até STR, deixaram uma boa impressão. Quem estará na briga pela vitória em Melbourne?
A RBR é a atual campeã, foi muito bem nos testes de inverno e é claramente a favorita. Depois aparece um grupo de equipes - nós, McLaren, Mercedes, Renault - muito forte e não descarto nem uma surpresa que possa vir da Williams ou STR. Quem sabe? Vamos descobrir em Melbourne, mas para ter um quadro mais claro precisamos esperar ao menos pelas três primeiras etapas.

Sebastian Vettel apontou você como forte candidato ao título. Você se vê como favorito? Quem incluiria numa lista de potenciais campeões em 2011?

Todos os pilotos das equipes grandes têm condições de lutar pelo título. Mas, como sempre, o atual campeão, mantido numa equipe de ponta, tem de ser o preferido das apostas.

Cinco campeões - Schumacher, Alonso, Button, Hamilton e Vettel - estarão no grid, o que faz de 2011 uma temporada única. Isso também significa que ela será ainda mais difícil para você?

Não, não mais do que todas as anteriores.