terça-feira, 16 de agosto de 2011

Fiscalização pró-pedestre multa 378 por dia no centro de SP

ALENCAR IZIDORO
DE SÃO PAULO
RAPHAEL VELEDA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA




Na primeira semana de fiscalização de infrações por desrespeito ao pedestre na região central de São Paulo, 378 multas foram aplicadas por dia, em média, pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego).
Número de atropelados cai 64% na região central de São Paulo
Táxi e ônibus estão entre os que mais desrespeitam faixa
Multa por desrespeito a pedestre deve abranger toda SP
Veja imagens do 1º dia de fiscalização
Pedestre: Você se sente seguro ao atravessar?
Motorista: Você já foi parado ou multado?
O volume é baixo se considerada a desobediência ainda predominante na cidade. É como se cada marronzinho treinado para esse trabalho tivesse anotado menos de três infrações diariamente.
Por outro lado, ele mostra que houve um aperto da vigilância --e um risco maior de ser multado em até R$ 191,53.
Três irregularidades que eram ignoradas até então pela maioria dos agentes de trânsito tiveram, em menos de uma semana e exclusivamente nas regiões central e da avenida Paulista, mais multas do que em 2010 inteiro em toda a cidade de São Paulo.
São elas: não dar a vez ao pedestre ao fazer uma conversão, não dar a passagem a quem está a pé numa faixa sem semáforo e não esperar a conclusão da travessia.



No ano passado, houve só 1.009 dessas multas na capital inteira, média inferior a três por dia. Na última semana, só na área central, foram 1.256, média de 209 por dia.
Segundo a CET, a fiscalização é crescente --houve um aumento do número de multas por desrespeito ao pedestre entre segunda (200) e sexta (500). Ela estima que haverá até 10 mil multas por mês na ação no centro.
O especialista Horácio Augusto Figueira avalia que a quantidade atual ainda é tímida, mas a redução de 64% dos atropelamentos em pontos críticos indica que a medida precisa se espalhar.
Os técnicos da CET dizem que os marronzinhos estão em fase de adaptação e que a orientação é multar apenas quando há plena convicção.
O número de pontos fiscalizados pulou de 78 para 91. Na cartilha distribuída aos agentes, eles são treinados a não multar se a faixa de pedestres estiver em mau estado.
A CET também escreveu ser obrigatório anotar no talão uma descrição mais detalhada do fato. Isso aumenta a demora para registrar a infração, mas pode ser uma proteção contra questionamentos.


A média de multas da ação pró-pedestre equivale a 2% do total aplicado pela CET por dia --só por uso de celular são 1.296 a cada 24 horas.
No balanço de multas aplicadas pelos 154 agentes aptos à fiscalização, a CET incluiu outras infrações já conhecidas, como falta de seta (557) e avanço de semáforo (351).
A preferência ao pedestre na faixa é exigida pelo código de 1998, mas, na prática, a CET fazia vistas grossas.
O aperto da fiscalização começou na região central após três meses de uma campanha que não mudou a desobediência --nove em cada dez motoristas seguiam desrespeitando os pedestres.



segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Ciclistas são sabotados com tachinhas nas ruas da USP


Ciclistas que treinam na Cidade Universitária, na zona oeste de São Paulo, relatam que têm sido sabotados com tachinhas colocadas nas ruas há cerca de dois meses. Atletas e funcionários da USP acreditam que é uma retaliação de alunos, taxistas e motoristas de ônibus, que reclamam do excesso de bicicletas no campus e dos transtornos causados no trânsito.


A informação é de reportagem de Natália Cancian publicada na Folha desta segunda-feira (íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).
Segundo os atletas, as tachinhas são colocadas na região da raia olímpica e na praça da Reitoria. A reportagem esteve na Cidade Universitária e encontrou tachinhas perto da avenida Professor Luciano Gualberto, também usada pelos ciclistas.
Os usuários sofrem com o prejuízo do pneu furado (de R$ 36 a R$ 150) e temem acidentes -- os ciclistas podem pedalar a até 45 km/h, às vezes em pelotão de 15 a 20 pessoas.
A Coordenadoria do Campus da USP disse que não tinha conhecimento do problema com as tachinhas e orienta os atletas a registrarem as queixas na Guarda Universitária para que os casos sejam investigados.

Folha.com